Geki Rock Abril 09 - Entrevista com Kaoru

* Primeiramente, se houver alguns erros gramaticais bizarros, por favor me avisem. Como eu uso o ViaVoice pra traduzir os textos (pra quem não conhece é um programa que você dita o texto e o proprio pc digita pra você) e o meu sotaque do interior não ajuda, acaba saindo umas coisinhas erradas.
*Em segundo, se for copiar algum texto do blog, por favor de os devidos créditos...Traduzir essas entrevistas não é nada relaxante ;)

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Geki Rock, Abril 09 - Entrevista:DIR EN GREY (Kaoru)


P(pergunta): Durante a turnê, em Osaka e Tóquio, vocês realizaram shows exclusivamente para o sexo masculino. Eu acredito que essa seja uma idéia interessante, mas qual foi o propósito de criar um show assim?

K: Simplesmente, eu imaginei que seria bom as vezes criar uma oportunidade em que os garotos pudessem enlouquecer, e também queria saber que tipo de fãs homens existem. Nós temos muitas fãs, mais recentemente o número de fãs masculinos têm aumentado. A intenção não foi discriminação, mas nós não podíamos deixar que as garotas se ferissem. É claro, que mesmo com os garotos nós queremos que eles aproveitem sem exagerar.

P: Eu não consigo imaginar o DIR EN GREY fazendo turnês com outras bandas, mas eu imagino como há tantas bandas iniciantes que adorariam abrir seus shows.

K: É,eu ouvi sobre isso. Mas nós nunca tivemos tempo ou a sorte. E tambem, se ambos os lados possuem esse interesse, eu gostaria que isso acontecesse. Mas por enquanto não deu certo.

P: Há bandas que possuem anos de carreira e experiência, se você sai em turnê junto, algumas costumam ajudar essas bandas novas.

K: É verdade. Nós também temos várias bandas " kohai ". É claro que nós lhes damos apoio, mas nós somos mais do tipo " faça seu melhor por sua conta " ( risos). Nós não tivemos esse tipo de apoio e não tivemos esse sentimento. Nós éramos uma banda que nunca teve experiência em ouvir conselhos de nossos superiores (refenrindo-se aos senpais). Parece que chegamos aqui por nós mesmos. Deve ser por isso que temos essa forte sensação do " faça por sua conta ". Criando seu próprio mundo e tentando sozinhos é o que me faz querer apoiá-los mais. Há muitas pessoas com paixão em seus corações.

P: De certa forma, parece que o DIR EN GREY é uma existência indiferente, isso é raro, mas permanecerá dessa forma no futuro?

K: Sim.Não fizemos isso intencionalmente mas aconteceu naturalmente. Se há algo interessante, nós desejamos nos misturar ali, mas raramente é algo assim.

P: DIR EN GREY é uma banda com um aspecto original.

K: É. Vai ver é por isso que não conseguimos nos misturar facilmente com outros. Eu meio que tenho essa impressão.

P: Sonoramente, não há nenhuma banda no Japão parecida com o DIR EN GREY.

K: Sim, não há nenhuma no Japão. Mas acho que eu posso estar enganado sobre isso.

P: Eu assisti ao DVD ao vivo que será lançado em abril. Comparando com suas apresentações em 2005 no "TASTE OF CHAOS", vocês têm se desenvolvido ainda mais e sua atmosfera têm mudado muito. Vocês percebem isso?

K: Sim. Isso foi quando nós começamos a fazer turnês internacionais e ter mais oportunidades em fazer shows com outros artistas. Antes, nós queríamos fazer isso e aquilo. Não porque nós começamos a fazer shows internacionais e queríamos fazer tudo, mas porque percebemos que é bom se você tem uma coisa que só você pode fazer. Não é como se fosse " se você ver essa banda, você vai gostar de tudo ". Muitas bandas internacionalmente conhecidas têm sua originalidade. Estando expostos a elas, nós fomos capazes de visar em como deveríamos ser nós mesmos e fazer aquilo que queríamos.

P: No DVD "TOUR 08 THE ROSE TRIMS AGAIN", eu penso que a atmosfera única do DIR EN GREY foi conduzida perfeitamente.

K: Nós não estamos lá ainda. Eu penso que a atmosfera está aparecendo mais ou menos.

P: Na versão limitada do DVD, há disco 2 e disco 3, o que eles incluem?

K: O disco 2 do DVD possui um documentário que é algo que vale a pena esperar para assistir. No disco 3, e incluindo o show em Shinkiba, nós juntamos algumas gravações que saíram boas do último Osaka-jo Hall em dezembro.

P: O show incluso no DVD era de 18/10 do ano passado em Shinkiba, mas foi no mesmo dia que o LOUD PARK 08. Vocês parecem ter uma relação boa com o SLIPKNOT que encerrou o show no LOUD PARK.

K: Sim, nós nos conhecemos uma semana antes daquela data. Nós dois tocariamos no mesmo dia, no mesmo horário, então estávamos dizendo que deveríamos prepara telões gigantes para assistir os shows um do outro( risos); nós conversamos sobre coisas bobas. Depois do show, Craig Jones veio a nossa festa, mas não me lembro bem porque estava bêbado ( risos).

P: Atualmente, DIR EN GREY está focado na Europa, o que está mostrando grande empolgação, mas você acha que o apoio da revista Kerrang! foi grande?

K: Sim, não apenas no Reino Unido mas olhando numa perspectiva mundial, de todas as revistas de rock, eu acho que a Kerrang! é a melhor, e se um lugar como aquele gostou de nós e nos deu apoio, acredito que foi grandioso. Por estar na sua capa, nós pudemos ter resposta não somente do Reino Unido e Europa, mas também dos EUA e Japão,e eu sou muito grato por isso.

P: Kerrang! introduziu o DIR EN GREY como " A maior banda cult do mundo ".

K: Sim, eu achei um jeito interessante de nos descrever. E eu senti que éramos capazes de mostrar algo que os outros não conseguiam.

P: Em junho desse ano, sua apresentação no " Rock am Ring " e no " Download Festival " está decidida. Eu presumo que o DIR EN GREY está imaginando como irá expressar sua perspectiva do mundo em vinte ou trinta minutos .

K: Hmm, bem, nós estamos tentando modificar nossa set list de acordo com as bandas que tocarão lá. Por exemplo, em festivais onde apenas bandas de metal se apresentam, nós intencionalmente removemos da set list músicas desse gênero, e tentamos tocar outros tipos de sons. De todas as bandas se apresentando, nós gostaríamos de mostrar no que somos diferentes dos outros. Dessa forma, nós temos modificado o nosso repertório dependendo do estilo do festival. Tentamos tocar músicas fáceis. Nos festivais, há definitivamente mais pessoas nos vendo pela primeira vez.

P: No Japão, o nome dos membros é sempre chamado pelos fãs, como é no exterior?

K: Há mais pessoas gritando " DIR EN GREY ". No exterior, é revigorante o fato dos nomes de cada um não serem chamados.

P: No exterior e no Japão, existem músicas que deixam as pessoas empolgadas de forma diferente?

K: No exterior, eles se empolgam com qualquer coisa ( risos). Eles têm esse ritmo, contanto que seja rápido, está ótimo. Bem, isso é interessante nesse aspecto. Mas eu também tenho esse lado de, " escutem mais, vocês ai " ( risos) . Com os fãs japoneses, eles procuram aproveitar tudo no palco antes de ir embora. No exterior, é claro que existem pessoas assim, mas a maioria responde melhor a músicas mais rápidas. Quando tocamos músicas rápidas, eles enlouquecem .

P: Vocês tem tido a experiência de realizar shows junto com vários artistas, mas de todos, qual banda mais impressionou vocês?

K: Eu devo dizer que Deftones e TOOL foram incríveis. Suas atmosferas distintas no palco... O som realmente não importava nesse caso. Eles próprios eram espetaculares. Quando fizemos o Family Values Tour, eu pensei " nós somos tão pequenos . Nós estamos vacilando ou algo assim". Eu não estou dizendo que tem algo que queremos esconder, mas eu realmente pensei que nós devíamos manter nossos pés no chão, nos manter mais firmes como banda. Eu tenho o sentimento de " se segurar intimamente em algo imperturbavel quando estivermos no palco ".

P: Deftones é uma banda experiente, e também são pessoas muito amigáveis.Vocês se tornaram próximos?

K: Sim. Nós bebemos muito( risos). Eu sou da mesma idade que Chino. Eu fiquei tão surpreso. Eu pensei " eh?! Você está brincando "( risos) .

P: Que tipo de pessoa é Chino?

K: Ele é uma pessoa normal. Ele ama música, e conecta sempre suas caixas de som no laptop para tocar onde quer que vá. Ele adora FAITH NO MORE. Nós olhamos no iTunes de cada um e recomendamos músicas e CDs um para o outro.

P:Como era a THE HUMAN ABSTRAC que abriu seus shows nos EUA em novembro passado?

K: Eles eram muito bons, e por isso, de começo, eu não queria realizar um show com eles (risos). Se me lembro bem, eles ainda são uma banda iniciante. O guitarrista eh professor de música. Quando ele vai ao camarim, ele começa a praticar, e olhando pra ele, eu penso, "nós deveriamos praticar mais". Eles são muito serios a respeito disso e não deixam de praticar. Olhando eles trabalhando tanto, eu vejo que precisamos tentar melhorar tambem.

P: Recentemente, parece haver uma tendência em se focar nas técnicas.

K: É, eu desisto(risos).

P: Você também é bom Kaoru- san (risos).

K: Não, não, eu sou péssimo. No meu caso, é a atmosfera que ajuda ( risos) .

P: Tendo tantas conexões com artistas internacionais, no Japão, há muitos ouvintes com preferência musical ocidental, e nem todos os ocidentais parecem se interessar pelo DIR EN GREY. Você se sente frustrado lá fora?

K: Lá, bem, é algo que nós pensamos a respeito. Mas, nós construímos dez anos de história, e há fãs que têm nos acompanhado desde então. Então independente disso, eu sinto como se isso fosse algo que nós não deveríamos dizer. Eu me sinto sim frustrado as vezes, mas o caminho que nós percorremos está conectado com o que fazemos agora. Agora, olhando para nossos shows, existem muitas garotas (referindo-se as fãs), e eu não acho que tem a típica sensação de uma banda de heavy rock. Para as pessoas que querem ver um show pesado e enlouquecer, eles não ficarão completamente satisfeitos com nosso show. Então eu acho que nós pensamos " isso está errado ". Mas nós temos apenas um mundo em que podemos manifestar. Então eu espero que alcance todas as pessoas que formos capazes de alcançar.

Fonte: http://chiye.livejournal.com/16793.html


Por Aiko

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