Shankara -breathing- : Entrevista Die

Tornar-se umas das testemunhas da “abolição dessa proibição*”. Eu estava genuinamente feliz que havia muitas pessoas que estavam lá e desejaram aquilo.


--Mesmo quando eu olhei para o clima nos bastidores no dia do show, de um modo positivo, Die-san parecia estar "normal".

Die: Na verdade não, eu acho que estava mais nervoso que o normal. Mesmo não planejando ficar nervoso, meu pulso acelerou sozinho (risos). Eu não

esperava ficar nervoso. Parecia que quanto mais o dia da apresentação se aproximava, menos eu conseguia me acalmar.

--E a causa do nervosismo não era pelo tamanho do lugar certo? ( Osaka-jo Hall)

Die: Mais propriamente a razão era simplesmente musical. Simplesmente, estava nervoso sobre nós tocarmos todas as músicas de “UROBOROS”.

--Você não teve esse tipo de ansiedade por causa disso até agora certo?

Die: Sim. Eu não tive isso muito. Tambem realizar shows em locais daquele tipo, geralmente é normal depois que termina. Mas dessa vez, de repente

ese tipo de show foi preparado. Alem disso você não pode cometer erros ali (risos). Sinceramente, se eu errasse ali, ia ficar tudo muito ruim.

--Definitivamente, o poder persuasivo de “UROBOROS” seria reduzido pela metade.

Die: Certo. Seria terrivel se eu cometesse um erro na primeira música. E tambem a primeira música é justamente "aquela" música (VINUSHKA)

certo?(risos).No meio daquilo, naturalmente você detecta coisas que são "perigosas". Essa é uma delas onde você não pode relaxar.

--Mesmo não sendo causado por você, o que você quer dizer é que há um risco de um "acidente" tornar-se fatal.

Die: Nesse caso, eu acredito que é normal estar se sentindo nervoso. Mas, assim que começamos, estava praticamente ok. Eu não tive nenhum

problema com o som considerando a situação. Honestamente, eu estava esperando a sensação , você sabe, "ampliada" daquele tipo de lugar (o enorme

Osaka-jo Hall) e eu achava que não conseguiria ouvir cada e todo som. Mas na verdade, foi o oposto completo. Os sons morriam e não ecoavam. Você

conseguia ouvir cada um deles claramente. Por isso você pode dizer que foi uma aprensentação até que fácil. Mas, sério, teria sido melhor com essa

sensação de "ampliação" presente. Mas não foi um ambiente ruim para uma performance. No final, eu consegui relaxar apesar da situação.

--De fato, de certo modo, esse show foi tambem arriscado então porque vocês resolveram realizar esse show antes da turnê do novo album?

Die: …eu imagino o porquê fizemos isso? (risos). Bem, fazia algum tempo desde que tocamos no Osaka-jo Hall. Nós decidimos antes de terminar o

album e a produção atrasou. Ai tivemos que mudar a direção da turnê. Então no final, resolvemos usar o Osaka-jo como ponto de partida. Não o

Budokan ou a Yokohama Arena, mas o Jo Hall. Mesmo antes de falarmos sobre tocar lá. Então por coincidência estava livre para o final do ano.

--Agora com isso, vocês encerrarão 2008 e receberão 2009 no Namba Hatch, as chances de passar o ano novo em Osaka são altas, certo?

Die: Definitivamente. Nós não damos muita importância, é como se cada vez que essa época chega nós somos convidados à Osaka(risos). Não é bem

um motivo mas é como se " o fim é em Osaka". Bem, em termos de sentimento, ficamos bem confortaveis lá.

--Bem, é porque Namba Hatch e Shinkiba STUDIO COAST em Tokyo,recentemente se tornou familiar ao DIR EN GREY.

Die: Hahaha... Mas, na verdade nós adoramos esse 2 locais, nós podemos ficar tranquilos quando tocamos lá. O sentimento de nervosismo de antes de

ontem foi o suficiente (risos), depois disso esta bom apenas curtir.

--Foi espetacular? Pessoas paradas naquele local enorme e tambem várias nas arquibancadas.

Die: Certamente. Se tocamos num festival, fãs diferentes se misturam e nem todos são nosso público. A sensação tambem é diferente do Budokan. É

ótimo.

--Honestamente, os shows em Makuhari Messe e Osaka ATC Hall logo após o lançamento do “THE MARROW OF A BONE” não estavam exatamente

“superlotados”, certo? Se vocês tivessem tocado no Osaka-jo Hall naquele momento, o público teria sido apenas metade. Mas ao mesmo tempo,

“UROBOROS” não vendeu mais do que 2 vezes a mais que o ultimo album. De onde vocês tiraram a idéia de que essa quantidade de fãs se reuniria no

fim do ano?

Die: Talvez porque nós iriamos “abolir a proibição*” em perseguir a perspectiva de UROBOROS compreensivamente. É como uma premiere. É onde

eles experimentarão sua primeira impressão. Tornar-se umas das testemunhas da “abolição dessa proibição*”. Eu estava genuinamente feliz que havia

muitas pessoas que estavam lá e desejaram aquilo. Não apenas ouvir o CD em casa, mas que queriam experienciar algo mais profundo, que queriam

saber mais. Talvez porque “UROBOROS” é um album que te faz sentir assim.

--Durante o show em questão, houve alguma cena ou momento que deixou uma impressão especial?

Die:Para as pessoas realizando o show, não houve nenhuma cena especial da música que deixou uma impressão. Mesmo nos videos, eu entendo que

"esse é o video exibido durante a música", mas já que eu estava concentrado na apresentação, não estava realmente prestando atenção nisso.

Tambem, as músicas desse album não estão ainda no nivel em que " meu corpo pode toca-las não importando as condições". Mas as músicas no BIS 2

já estavam nesse nivel por isso estava ok.

--E vocês acrescentaram uma turnê a Fevereiro para que se acostumem a tocar “UROBOROS” certo?

Die: Bem, eu não sei se tocaremos todas a músicas do album em fevereiro, mas assim que meu corpo seja capaz de toca-las, eu imagino como vai

soar. Eu imagino como a direção de cada uma das músicas vai mudar. Estou ansioso por isso. Algumas músicas já estão mudando.

--Correto. De fato, “Gaika, Chinmoku Nemuru Koro” e “Toguro” já foram tocadas na ultima turnê, o que fez o numero de vezes em que você as "digeriu"

diferentes. Sua percepção disso é diferente daquela vez?

Die: Certamente é diferente. Nos gostariamos de ir mais adiante onde esssa músicas querem/devem ir. Partes que devem ser agressivas tornam-se

agressivas. Como “STUCK MAN”, eu acredito que o ritmo vai mudar mais de agora em diante. Eu acho que essa música se tornara mais interessante.

--Enquanto a base do show foi “UROBOROS”, o que foi impressionante pra mim é que não ficou estranho mesmo misturando músicas antigas nele.Em

outras palavras, “UROBOROS” não foi algo como uma mutação.

Die: Correto. O fato de não haver nenhum sentimento estranho mesmo tocando “Ryoujoku no Ame” ou “dead tree”, na verdade após terminar o show eu

senti como se isso tivesse influenciado numa boa direção. Se essas músicas tivesem sido criadas um pouquinho depois provavelmente seriam

incluidas em “UROBOROS” e ao mesmo tempo, tambem penso que “UROBOROS” saiu desse jeito porque essas músicas foram criadas antes.

--Entre elas estava “ain’t afraid to die” que se tornou uma música que você ouve apenas em uma "ocasião especial".

Die: Bem, foi surpreendente. Eu não posso receber bem esse tipo de imagem. Nesse caso, o desenvolvimento das 3 músicas no BIS 1, ou o "fluxo" era

muito importante. De fato, depois desse bloco ser concluido você pode se acalmar emocionalmente.Eu estava completamente aliviado de todos aqueles

sentimentos de nervoso (risos).

--Um pouco antes disso, a última música da apresentação principal foi “REPETITION OF HATRED”. Honestamente, eu nunca imaginei que essa música

se tornaria algo importante num show do DIR EN GREY no momento em que foi apresentada.

Die: Ah, sim. No começo, parecia que tinha partes chatas. Já que sempre fazemos isso nos shows, um ritmo ou batida unicos tornam-se mais fortes.

Nós tambem continuamos tocando isso na America. Por essa razão eu acredito que a música mudou. Mas não está limitado apenas a essa música.

--Com relação a não tocarem “THE FINAL” aqui, foi porque vocês não planejavam toca-la daquela forma?

Die: Algo assim. “dead tree” e “THE FINAL” por muitos anos tem estado em uma boa posição mas nós nos arriscamos em tira-las dessa vez. Então

decidimos mante-las de fora até o Jo Hall. Bem, durante aquele tempo nós tambem nos apresentamos na América (risos). Foi simplesmente porque não

queriamos que se tornasse um padrão, ou então tambem como sempre tocamos ambas, porque não dar um descanço? Nós tambem pensamos que

dando uma pausa e depois tocando novamente após um tempo, a sensação seria melhor.

---Então na verdade, ambas eram impressionantes. Então, que tipo de ano você acha que será 2009? Naturalmente, enquanto perseguem

"UROBOROS”, vocês tambem estarão a caminho de dar o "próximo passo".

Die: Por enqaunto são apenas shows. Um ano de shows, shows e mais shows. Acredito que irá ultrapassar o número de shows em 2007?

--Se me recordo foram 121 shows naquele ano.

Die: Isso é muito. ….Eu imagino, nós ultrapassaremos (risos)? Bem, não é um problema o número de shows, já que quero fazer algo alem disso.

--Em janeiro, e sem realizar nenhum show no Japão, vocês já terão digerido mais de uma dúzia de apresentações.

Die: Ah,correto. Colocando de forma simples, parece que não haverá nenhum mês em que não faremos shows a essa altura. De qualquer maneira,

esse album não é algo que possa ser completado realizando uma "turnê normal". Não é algo com esse tipo de vida útil tão curta.


*Lift of the ban : realmente não achei termo melhor para a sentença.

Créditos: Orchestrated Chaos
Tradução: DIR EN GREY Brasil


Por Aiko

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