GiGS Vol. 333 Janeiro 2011 - Entrevista com Kaoru

Kaoru: o líder que tem a chave para o som da banda cujo impacto é esmagador. Perguntamos a ele sobre diversas coisas relacionadas a eventos recentes e shows que estão por vir...

Definitivamente não há substituto. Não há outro modo alem de ir completamente até aquele ponto.


gigsjan2011


Como músico, o sentimento de que devo me dedicar é forte.



--Nessa turnê, você mudou o som da sua guitarra? Há uma impressão de que se tornou mais firme e o corte dos tons agudos tornou-se melhor.

Kaoru: Eu mudei. Havia um problema constante com o senso de poder quando as nossas duas guitarras ficavam em unissono. Foi dito que o corte dos tons mais agudos ficou melhor mas na verdade, eu apenas adicionei aos tons graves. Eu reforcei os graves com o Shark e mudei para um som que ainda é grave porem com um final agudo.

--Tambem a qualidade do som quando você mudava de efeitos foi comentada. Houve tambem uma perspectiva de que foi um show equiparado ao som do CD e eu fiquei muito contente. Por isso queria perguntar, vocês não irão fazer uma reprodução complete ao vivo de “UROBOROS”?

Kaoru: Eu gostaria de tentar(risos). Pensei nisso uma vez. Mas, se não pensarmos em um bom meio de apresentar isso, será como se simplesmente estivessemos tocando.

--Mas acho que há convicção em apenas tocar(risos). Durante essa turnê, um "OBSCURE" rearranjado apareceu. Qual foi a razão para vocês mudarem o arranjo mesmo que até agora, a musica tinha um poder de penetração suficiente nos shows?

Kaoru: Eu achei que com a lacuna entre o riff e a ponte, a estrutura e o parecer,nós queriamos que se relacionasse com o agora. Mas na verdade houve um arranjo que nós queriamos fazer desde o principio mas naquele tempo não sabiamos como. Então devido ao timing, nós tentamos. Anteriormente estava no tom de D e apenas eu tocava os acordes em A 4 vezes reduzidos. Mas dessa vez todos usaram o mesmo tom. O que especialmente mudou foi a ponte da guitarra e o jeito do baixo ser tocado. Tambem aumentamos o tempo. Mas ja gravamos (risos).

--Vocês não gravaram mas, ja faz um tempo desde que tocaram “Waza”. Você disse algumas vezes esse ano que essa é uma das músicas que "podemos provavelmente tocar sem ser estranho agora".

Kaoru: Eu disse mesmo (risos). Sempre antes de uma turnê, todos discutem musicas antigas que queremos tentar tocar. Tentamos então ensaiar e decidimos se vamos tocar ou não. Dessa vez ao revisar musicas antigas que eram escolhidas por todos, pensei em usar minha guitarra de 7 cordas durante nossa epóca de D-menor. Dai achei que se usassemos a guitarra de 7 cordas em musicas antigas no tom de E, talvez soassem diferente, então falei com os outros a respeito "por que não tentar tocar Waza". 
Quando nós tentamos nós ficamos entusiasmados (mais do que esperavamos). Mas se fossemos grava-la, teria uma expressão mais definitiva do que a que tocamos juntos.

--Vocês estarem colocando uma musica anterior no seus shows, ha tambem algum proposito para trazer algo para vocês?

Kaoru: Não ha pensamentos profundos desse jeito. Essa turnê foi decidida porque nós simplesmente queriamos fazer shows. Mas nós tambem achamos que faze-la igual a anterior não seria interessante, então pensamos em procurar por algo um pouco mais fundo. E se sentiamos algo era porque estava conectado com algo futuro. Mesmo se tivesse varias outra musicas como candidatas, as que achavamos que não dava para tocar com o arranjo atual não foram incluidas.

--Quanto ao que você disse sobre essa turnê ter sido decidida porque vocês queriam fazer shows, tambem não fazia muito tempo que vocês não tocavam. Turnê Norte americana, LOUD PARK, etc, você sentiu algo diferente de antes?

Kaoru: Diferente ou melhor, com cada e todo show, achei que se nós não decidissemos claramente por isso, a banda em si estaria enterrada, e eu senti esse senso de crise iminente especialmente recentemente. Não é apenas ir em algum lugar e fazer shows, mas havia realmente uma consciência de que queriamos expressar melhor nossas musicas, queriamos nos apresentar mais. Não há bandas que fazem turnês durante anos com apenas algumas musicas? Acho isso ótimo. Mas mesmo assim "estar satisfeito" é algo que apenas aquelas pessoas podem fazer, certo? Definitivamente não há substituto e acho que não ha outro modo de chegar completamente ate aquele ponto.

--Mesmo com problemas especificos você carrega um senso de perigo?

Kaoru: Por exemplo, quando estamos numa boa fase, se continuar assim por 20 anos otimo, mas não sabemos quando vai acabar certo? Enquanto estamos nessa fase boa, queremos fazer corretamente coisas que podemos fazer, se não seguirmos em frente, então não ha futuro. É como me sinto recentemente. É como se não houvesse nenhuma razão especifica mas é claro que nós somos o tipo de pessoas que não mentem para si mesmos. Se vamos lançar algo e fazemos uma turnê por alguma razão vaga então pensaria em desistir. No caminho de ser capaz de ver o porque estamos fazendo isso, acho que devemos ter esse senso de perigo. Porque há uma tendência a esquecer do porque somos agradecidos por estar nessa banda. Nós carregamos o senso de perigo porque tambem significa que damos importância a ela.

--Essa talvez seja uma pergunta ruim mas havia um amigo querido que faleceu no ultimo verão certo? Acho que vocês foram obrigados a pensar sobre continuidade e a importância disso.

Kaoru: É dificil por em palavras onde exatamente ou o que mas é claro que... como devo dizer... Houve varias coisas que fui obrigado a pensar a respeito, mas tambem tornou-se uma conscientização de que eu tinha que fazer algo.

--Me desculpe por isso. Mas acho que sentir sempre esse senso de perigo é devido a você ser o líder da banda.

Kaoru: Nah, mesmo como músico o sentimento de que devo mne dedicar é forte. Para seguir em frente eu tenho que fazer meu melhor. Ou devo ser capaz de produzir corretamente o tom que imaginei. Especialmente no meu caso, quando fico empolgado meu jeito de tocar se torna descuidado. É como comunicar isso com as minhas mãos mesmo estando empolgado. Não posso seguramente existir como um individuo numa banda.


Por Aiko

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