Natalie.mu Janeiro de 2011 - Entrevista: Kaoru - Parte 2/2

O som gravado nos estagios iniciais de produção era muito próximo da sua forma final


--Quando ouvi o single, as 3 músicas incluindo a ao vivo, primeiramente pareceu que o som estava diferente do de vocês até agora. As guitarras e a bateria, mesmo em músicas pesadas como “OBSCURE” eram tão faceis de se ouvir, a faixa ao vivo tambem tinha uma qualidade de som muito boa. Isso quer dizer que a sua particularidade em como uma música deve ser ouvida se ampliou/elevou?

Kaoru: Dessa vez, já que tinhamos uma imagem clara desde o principio, o som gravado nos estagios iniciais de produção era muito próximo da sua forma final. Dependente do engenheiro de som, havia tambem pessoas que iriam muda-lo grandemente durante o mix mas dessa vez sem colocar elementos desnecessarios no som inicial, fomos capazes de criar um som mais dinâmico.  Nunca mudou em um nivel grande. Claro que com relção aos sons da bateria, ha alguns que não podem ser feitos no Japão mas como um todo, a "textura" do som não mudou nada.
--Com relação ao engenheiro de som encarregado da mixagem dessa vez, vocês o escolheu para combinar com a música?

Kaoru: Não, não. Apenas pensamos em trabalhar com alguem que queriamos experimentar dessa vez.

--Quando tive uma imagem do encarte desse single e dos outros artistas com quem esse engenheiro trabalhou no passado, antes de ouvi-lo, foi muito revigorante e num bom sentido, eu me enganei. O som é parecido com os sons altos dos estrangeiros mas a sensibilidade japonesa foi expressada adequadamente, e eu fiquei surpreso com isso.

Kaoru: Correto. Não tenho certeza do quanto isso é compreendido, mas é por isso que ele deve ter tentado criar a mixagem sem apagar o som original. Eu pensei várias vezes em mudar para o som que é nossa marca registrada mas se nós mudassemos, então a atmosfera da música tambem mudaria, então ele fez o possivel para não perder o som original na mixagem.

 

Nós não gostamos de criar músicas para uma compilação


--Por favor deixe-me perguntar sobre a compilação de “OBSCURE”. Vocês possuem alguns singles onde foram colocadas faixas reconstruidas em estudio de músicas que vocês lançaram no passado. O que levou vocês a regravarem tais músicas?

Kaoru: Nós não gostamos de colocar músicas novas em um single (risos).  Nós realmente não ligamos se a colocarmos mas tambem não gostamos quando uma música é criada como "compilação". Por exemplo, escolher uma música que meio que não se encaixa no album como compilação está OK mas, não gostamos de criar músicas para serem compilação. Mas queriamos colocar algo elaborado e é por isso que pensamos em regravar músicas que criamos até agora, esse foi o começo.

--10 anos se passaram desde que o DIR EN GREY debutou, a atmosfera continua mudando com o seu som desde que debutaram até a atualidade, mesmo para os fãs, acreditos que eles esperam ansiosos para ver como as músicas antigas vão soar dessa vez. Como músico, você sente que quer desafiar isso?

Kaoru: Para “OBSCURE”, havia partes em que se tinha um arranjo para a guitarra que queriamos fazer daquela vez mas não havia como ser feito, então enquanto a faziamos havia algo como " eu quero desafia-la dessa maneira". E por isso, fomos capazes de nos divertir com a compilação, já que o nivel de liberdade era baixo, nós o ampliamos.

--Você estava pensando em coisas diferentes do tipo,  arriscadamente destruir ou manter a "imagem" original da música enquanto você fazia os arranjos?

Kaoru: Bem, mesmo se fosse amplamente modificada, não há nada que você possa fazer quando dizem " não é a imagem da música original". Ter uma música completamente diferente tambem é desinteressante, e o que é mais interessante é o quão diferente uma música pode ficar ao mesmo tempo em que você mantem a imagem original dela. Mas, para “OBSCURE” não houve muitas partes em que mudamos de forma arriscada e considerando as circunstâncias, foi feita sem muitos problemas.

--Eu tenho a impressão que o DIR EN GREY é uma banda cujo som evolui e muda por epóca. Por exemplo, ha 5 anos atras teria sido dessa forma, mas o DIR EN GREY de 2011 a lançaria e ai se tornaria algo assim, o jeito como é atualizada é revigorante. A expectativa/prazer de se tocar dessa maneira é sentido mesmo pelos ouvintes.
 
Kaoru: Me faria feliz se fosse dessa forma. Mas, é claro que há tambem pessoas que odeiam quando ha muitas modificações na música original, é um aspecto bem dificil.

O próximo album será "difícil de se ouvir"!?


--Para esse single, a imagem de que ele estava completo com 3 músicas é muito forte.

Kaoru: Se você olhar como um todo, já que de fato usamos um modo simples de produzir o som em 2 músicas, talvez flua naturalmente. Então por fim colocamos “Reiketsu Nariseba” que de alguma forma se conectou ao resto.

--E quando você ouve o single você fica ansioso pelo novo album que será lançado em breve. Vocês ainda estão na metade dos preparativos certo?

Kaoru: Sim.

--É bem difícil imagina-lo com apenas um single. Claro que "UROBOROS” em si foi um trabalho maior, é por isso que todos ficariam interessados em saber como o próximo album após ele será. Nesse momento, você já tem uma imagem de como será o próximo album?

 
Kaoru: Certamente ha uma imagem mas, muda gradualmente então eu não sei o que se tornará no final. Bem, definitivamente não é como “UROBOROS”. Não é um erro dizer que é um album com aquela forma e atmosfera... mas parece que vai ser um album "dificil de se ouvir".

--Então, o que você quer dizer é que se você ouvi-lo com a "imagem" de “LOTUS” você vai fazer “Huh!?”

Kaoru: Sim, bem, eu tambem não sei como será no final (risos). Mas é algo como o encarte do CD de “LOTUS”,nós gostariamos de continuar desafiando coisas novas nesse próximo album.



Créditos: OC


Por Aiko

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