GiGs Setembro 09 - Toshiya

GiGs No. 309 Setembro,2009 - Toshiya

- - No finzinho da entrevista ele menciona algo sobre uma nova música - -


Um retorno triunfante da turnê Européia! Prestem atenção as palavras desse incrivel baixista!


Toshiya:Em junho, pela primeira vez em 3 anos nós nos apresentamos pela terceira vez no “ROCK AM RING” e no “ROCK IM PARK”, e depois na Inglaterra no “DOWNLOAD”, na Austria, “Nova Rock”, na Suécia, “METALTOWN”, e no meio tempo nós tambem realizamos performances solo na Holanda, França, Alemanha e em outros lugares. DIR EN GREY, uma banda que cativou a audiência estrangeira.


Que tipo de apresentação desdobrou-se do outro lado do oceano? Toshiya conta tudo sobre sua cruel, porem marcante turnê europeia.

"Aqueles olhares frios que meio que dizem , “que diabos esses caras estão fazendo?” nos festivais são emocionantes."


--No passado, quando vocês realizaram uma turnê pela europa, você mencionou que você adquiriu muitas coisas como uma nova atitude com relação aos shows e para criar novos sons. Dessa vez tambem foi assim?


Toshiya: Independente se é a Europa, América ou mesmo na Asia, ir para o exterior é apenas uma expêriencia boa. Porque o estimulo é de alguma maneira diferente do que o que temos no Japão. Para a banda agora, nós pensamos que isso nós da uma vibração muito boa. E tambem, eu quero absorver coisas novas no exterior e traze-las para cá. Basicamente, nós podemos fazer qualquer coisa em lugares como o Japão, e vindo de um país onde você pode fazer tudo facilmente, sem nenhum problema, ir para um país diferente, a única coisa que você pode fazer é o show. Claro que nós vamos pelos shows mesmo mas, eu quero dizer que essa é a única coisa que criticamos por lá.


--Poder, felicidade, stress e tambem raiva?


Toshiya: Certo (laughs). Exceto os shows nós só comemos e bebemos. Estamos constantemente andando de ônibus; existem 7 pessoas japonesas no total contando com o staff e 3 staff estrangeiros. Quando você está num ambiente desse tipo, o certo é pensar apenas nos shows mesmo. É por isso que eu estou realizado nesse ponto.


--Pelo itinerário dessa turnê, vocês primeiro foram ao “Rock Im Park”e “Rock Am Ring” na Alemanha. Vocês se apresentaram nesses festivais em 2005 e 2006. Você sentiu alguma nostalgia?


Toshiya: Mais que nostalgia, eu acredito que havia felicidade por eu estar ali novamente. A postura de apoio lá era diferente da anterior, honestamente, eu realmente achei que não seriamos capazes de nos mantermos naquele festival. Não foi no palco principal mas fomos chamados novamente e eu senti que recebemos críticas sólidas. Tambem comtemplei quase todo o festival. Estar em algo tão grande, foi a primeira vez na minha vida e no momento em que pisei no palco em 2005, realmente deixou uma impressão. Nós tambem sentimos que eramos capazes de um bom começo


--Dessa vez estavam focados em “UROBOROS”. Vocês pensaram a respeito da reação do público?


Toshiya: O primeiro dia foi no “Rock Im Park” e foi um grande desastre (sorriso entre dentes). Pareceu que o que queriamos passar e o que a audiência queria eram de certa forma diferentes. Mas infelizmente é algo que não temos como saber até fazer.


--Qual foi a setlist do primeiro dia?


Toshiya: Foi a mesma da turnê japonesa. A primeira música era “INCONVENIENT IDEAL”. Nós queriamos ir de cara contra a visão geral já que isso é tipicamente coisa do DIR EN GREY. Mas ficar mudando a setlist só porque o público não entende é frustrante. Nós queremos manter nossas convicções até o fim... Mesmo com a empolgação das pessoas,não foi como esperado, mas se tivesse sido teria sido bom. Nós não pensamos assim. É porque DIR EN GREY é uma banda que dá importância a sua visão geral. Por isso os membros conversam entre si e decidem a setlist.


--Mas “VINUSKHA” sem dúvidas está no repertório, certo?


Toshiya: Existe um sentimento de que devemos toca-la. Mas há tambem a sugestão, "porque não tentar tirar VINUSHKA?". Se fizessemos isso, nós poderiamos tocar mais músicas e tambem mostrar aspectos diferentes. Mas, esse tipo de ação pretensiosa é o mesmo que dizer que nós temos essa coisa que parece estar disperça. Iria parecer que não somos confiantes. Enfim, o que eu quero dizer é que, nós queremos mostrar uma visão geral que apenas nós conseguimos produzir. Nesse caso, “VINUSHKA” possui muitos elementos diferentes não? Com essa única música nós podemos mostrar aspectos diferentes.


--Vocês ficaram satisfeitos com as apresentações no “Rock Am Ring”?


Toshiya: Eu senti que comparado ao “Rock Im Park” nós conseguimos nos projetar mais. Foi bom, já que o que nós discutimos, produziu um bom resultado. Mesmo no festival seguinte, “DOWNLOAD” nós não mudamos o curso da setlist, mas apenas fizemos algumas mudanças nas músicas.


-- Antes do “DOWNLOAD”, vocês tambem começaram sua turnê solo pela Holanda certo?


Toshiya: Dessa vez nossa turnê se focou em pequenas casas de shows. Teria sido ótimo um show num palco amplo, mas faze-lo em palcos pequenos tambem é bom. No passado, quando alternavamos entre festivais e nossos próprios shows eu ficava muito exaltado, mas recentemente não tenho me sentido assim. É divertido. Especialmente aqueles olhos frios encarando durante os festivais. Olhos que parecem dizer "o que diabos são esses caras?". É irresistivel (risos). E realmente excitante. Provavelmente foi o mesmo sentimento de quando realizamos nosso primeiro show conjunto numa turnê.


-- Durante essa turnê vocês experimentaram um verdadeiro show conjunto. Seu parceiro foi Killswitch Engage.


Toshiya: Mas no fim, o que fizemos foi único. E foi apenas para realizar os shows. Mas os membros do Killswitch Engage foram realmente amigaveis e nos disseram que gostariam de fazer aquilo de novo em outra oportunidade. Howard, o vocalista, tem muitos cd's do DIR EN GREY e parecia que ele já gostava de nós há algum tempo. Recentemente, isso tem aumentado. Musicos de lá que sabem sobre nós. Provavelmente os que mais ouvem DIR EN GREY no exterior, são pessoas envolvidas no mundo da musica(risos).


--Dessa vez vocês se apresentaram em 5 festivais diferentes,a atmosfera variava de um para o outro?


Toshiya: Havia sensações diferentes em cada festival mas basicamente era igual. Tinha um clima festivo. Foi interessante porque havia muitos músicos diferentes. Atraves do lado dos palcos, e da area para a audiência, eu assisti muitas bandas diferentes. Não foi só inspirador como educacional.


--Especificando?


Toshiya: É dificil por em palavras porque é algo que você sente. Eu fiquei realmente atraido pela atmosfera e visão de cada banda. Vendo diversas bandas sentado num lugar e absorvendo todos os seus pontos positivos daquele lugar é tambem muito divertido.


--Com relação as bandas que são convidadas a participar desses festivais, originando-se sobre seus pontos bons e seus pontos ruins numa apresentação. Ainda há muitas bandas que tem estilo próprio certo?


Toshiya: É incrivel. Cada uma tem sua prórpia postura. Eu pessoalmente acho que a mais interessante era a Faith No More entre os 5 festivais. Comparado com o tempo em que estivemos juntos ao KORN, os movimentos deles estavam mais afiados e isso foi legal. Eu pensei que eles tinham encontrado algo bom.Nine Inch Nails era o de sempre, a apresentação deles no palco mais elaborado foi ótima. Em festivais diferentes, eu testemunhei o caos atras das cortinas (risos).


--DIR EN GREY teve tambem esses episódios caóticos? (risos)


Toshiya: Independente do que tenha acontecido, no final nossa solidariedade aumentou porque é como se "só houvessem essas 5 pessoas"(risos). Assim que terminamos o dia nessa turnê, tendo apenas nós 5 nos bastidores celebrando com um brinde, encheu meu coração de emoção. Já que Kyo não bebe durante as turnês, no último dia ele pode beber. Houve tambem a sensação de que nós conquistamos muito, e de que eramos capazes de terminar a turnê em alta. Tambem nosso engeinheiro de som Rick, era muito bom. Os sons mais baixos sairam excelentes. Eu não consigo ouvir meu som saindo das caixas. O som dos amplificadores enchem o palco e é isso em troca do meu monitor. Apenas com o amplificador, o som era explosivo. Mas cada parte soava clara. E isso foi ótimo.


--Durante essa turnê, o modelo sunburst (baixo) que você usa no Japão foi o instrumento principal?


Toshiya: Foi. Enquanto conversava com Rick eu criei o som e não tive nenhum problema. Antigamente eu me estressava ao criar meu som mas agora não mais. É porque eu sei de que tipo de som eu gosto e tambem meu estilo de tocar mudou. Dexei a palheta de lado e passei a usar os dedos.


--Para resolver seu problema, você mudou seu jeito de tocar ao inves de tocar com composições.


Toshiya: Eu realmente acho que esse era o caso. Eu dou mais importância em controlar o som com o meu modo de tocar. Mas no momento em que eu mudei dos dedos para a palheta, o som piorou (risos). É um problema. Mas CHICKENFOOT participou do “NOVA ROCK”. O baixista dele é um ex-integrante do VAN HALEN, Michael Anthony, tanto com os dedos quanto com a palheta, o som dele não mudava. Foi muito bom ser capaz de ver o jeito de tocar de varios musicos de tão perto. Tambem houve vezes em que eu ficava sério e os observava, dai entendia "eles fazem desse jeito". Eu uso muitas pessoas como referência. Nisso o festival foi muito interessante.


--A turnê nacional começa em agosto, o conteúdo vai mudar?


Toshiya: Provavelmente, nós estamos pensando em tocar uma música nova. Nós queremos a turnê para apresenta-la...Bem mas isso vai depender do ensaio e da composição da música que começam hoje por acaso(risos).


--Por ultimo, seu baixo novo que já está sendo produzido, fará finalmente sua aparição?


Toshiya: Ontem, o formato do corpo foi finalmente decidido.


--Eu pensei que me lembrava do formato ter sido decidido em setembro do ano passado...


Toshiya: Esse é diferente. Agora eu quero dar 1 passo à frente com um baixo de 5 cordas(risos). Antes de ir para o aeroporto, eles me deram um projeto/desenho, e enquanto eu estava fora eu pensei em que verniz usar. Mas como era de se esperar, teve algumas coisas que não sairam como eu gostaria, então pedi que eles parassem a produção. Depois de voltar, nos encontramos de novo e decidimos o formato do baixo ontem. Não há nada de errado com o modelo comercial de 5 cordas que eu tenho usado até agora.Mas as pessoas tem me perguntado porque não tentar fazer um novo. Eu achei que ter um RD de 5 cordas não era pra mim, então não teve jeito a não ser fazer um novo formato para o corpo do baixo. Depois disso eu consegui conversar com o staff da ESP, já que eu sou bem especifico(risos).Eu sou especifico sobre varias coisas.



Créditos: Orchestrated Chaos
Tradução: DIR EN GREY Brasil



Por Aiko


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