Shankara -breathing- : Entrevista Kaoru

O livro oficial Shankara -breathing- foi lançado em março desse ano. Terminando a tradução das entrevistas, postamos as scans tambem.



"Todos estavam esperando esse momento ansiosos.

Então eu realmente senti, eu percebi que aquele era um momento muito importante."



--Como você passava seus dias livres entre os os shows?

Kaoru: Nada especial. Eu não fazia nada (risos).

--Eu gostaria de lhe perguntar enquanto sua memória do dia 29/12 ainda está fresca, como você se sentiu após o show no Osaka-jo Hall ter terminado? De algum modo, como se um peso tivesse saido de seus ombros?

Kaoru: Eu me senti assim no momento em que o primeiro “bis" acabou(risos). Mas, depois de tudo feito eu senti como, "Oh, acabou [eu terminei]". Mas até aquele ponto eu estava continuamente nervoso.

--Definitivamente, o nivel de nervosismo de Kaoru-san estava alto aquele dia. Mesmo nos bastidores, houve muitas vezes em que você pensou "isso provavelmente vai me distrair"?

Kaoru: Nervosismo é algo que acontece praticamente toda vez. Mas, o nivel naquele dia estava incontrolavel. Até o dia anterior eu estava bem. Mesmo quando eu vi o palco sendo montado a noite. Entretanto quando o dia chegou, eu acordei e comecei a ficar nervoso enquanto estava no carro a caminho do local. Você não pode chamar de "treinamente visual", já que uma imagem de nós tocando no Osaka-jo Hall já estava na minha cabeça, então eu achei que não ficaria tão nervoso. Aproximadamente uma hora antes do inicio do show, eu estava impaciente e não conseguia fazer nada a respeito(risos). Mas daí, uns 5 minutos antes de subir no palco, houve um momento em que eu fiquei subtamente calmo. Foi quando pensei "Vamos fazer isso!", então as outras preocupações se foram.

--O que você sentiu quando pisou no palco?

Kaoru: Assim que pisei nele, eu estava concentrado.Honestamente eu não era capaz de perceber o que estava a minha volta. Na verdade porque eu estava conseguindo seguir em frente sem ficar nervoso (risos). Resumindo, eu estava muito concentrado quando tocamos “VINUSHKA”. É por isso, que quando terminamos aquela música, meu nervosismo acabou completamente.

--Esse primeiro obstaculo foi realmente dificil. Honestamente, você não pensou que "vocês criaram uma música complicada"?

Kaoru: Correto. Para resumir, é uma música bem problemática.Não só pelas trocas entre a guitarra acustica e a guitarra elétrica, mas tambem pela forma como você toca na guitarra acustica ou na elétrica, se você perder o tempo, isso afetará seu modo de tocar, e se isso acontecer e você tocar desse jeito então a nuance mudará. Então é uma música em que devo manter meu próprio corpo em mente antecipadamente. É tambem uma música em que você precisa aumentar o som, mas tambem há muitas partes em que se deve diminuir o som. Teria sido melhor se pudessemos termina-la de uma maneira em que se usasse apenas uma guitarra, mas dessa forma, eu teria que mudar de guitarra numa fração de segundo enquanto o último acorda da guitarra anterior estivesse ecoando. E esse som deveria ser pressionado(mantido) pelo staff. Por isso havia partes em que você precisava de uma ajudinha(de outras pessoas). E por isso tambem parecia que você estava realmente "se apresentando".

--Você então não ficava só nervoso como tambem frustrado.

Kaoru: Bem, é claro que tambem foi divertido mas já que era a primeira vez que eu tocava a múscia, eu acredito que houve partes onde eu perdi meu rumo, se eu me acostumasse, então eu seria capaz de aprender a retomar.

--Dessa vez vocês apresentaram a imagem completa de “UROBOROS” bem aqui e essencialmente realizando esse tipo de show, depois de digerirem gradualmente durante a turnê, é de certa forma "seguro" e normal.

Kaoru: Sim. Pra falar a verdade, há uma sensação de que "terminou dessa forma". Originalmente nós esperavamos que o lançamento do album fosse antes de novembro, e se fosse dessa forma teriamos realizado uma turnê em setembro. Então com o rumo dterminado, teriamos terminado a turnê no Osaka-Jo Hall. Mas, mesmo assim houve definitivamente uma porcentagem de músicas que realizamos pela primeira vez no Osaka-Jo, e eu acho que tocamos de forma completa as músicas do “UROBOROS” pela primeira vez naquele dia.

--O quão satisfeito você ficou com o show em si?

Kaoru: Bem, como um show acho que podemos ficar satisfeitos. Mas houve algo do tipo "nós deveriamos ser capazes de ir e fazer melhor". Não a respeito da performance, mas como banda. É por isso que existem vários arrependimentos.

--Com relação ao Osaka-Jo Hall como uma casa de shows, não é como se vocês tivessem uma consideração especial por ela, mas depois de tudo, um lugar é apenas um lugar, então não houve um "significado"?

Kaoru: No passado, nós gravamos um show e lançamos como DVD. Mas nós não vamos comparar esse show com aquele. Nós tambem não pensamos muito em fazer um show lá, pelos anos que já tinham passado, simplesmente sentimos como "nós somos finalmente capazes de realizar isso após 9 anos". Ultimamente, nós nos concentramos no presente. Nós não temos tempo para ficar comparando e pensando a respeito (risos). É claro que, o que conquistamos agora é mais importante. De fato, acredito que realizamos um dos shows mais importantes dos que estão por vir.

--Isso pode servir de referência para os que assistiram.

Kaoru: Eu imagino isso. Eu acho que há muitas pessoas que interpretariam dessa forma. Aquele tipo de casa de shows é muito raro, já que fizemos isso apenas uma vez em 2 anos. Por isso eu acho que alguns podem sentir que, "esse tipo de DIR EN GREY tambem é bom as vezes".

--Definitivamente se vocês pegarem a primeira metade de 2009 e observarem a programação de shows, você não tem como não reparar que a apresentação no Osaka-jo Hall é uma "exceção".A respeito da ousadia em apresentar-se por diversas pequenas casas de show pelo Japão, qual foi a idéia por tras disso?

Kaoru: Na verdade nenhuma. Mas foi apenas porque nós queriamos tentar. Não tinhamos nenhum objetivo especifico.

--Eu acredito que seria algo natural para digerir "UROBOROS”, mas honestamente, vocês só podem fazer um número limitado de coisas em casas de shows, então não havia partes onde não era possivel escolher detalhes?

Kaoru: Sim, mas eu penso nisso agora... na verdade foi o oposto, estando numa situação como aquela não traria a tona algo diferente e interessante? Não tem relação ao que falamos a um tempo atras, mas primeiro de tudo, nós começamos “UROBOROS” dessa maneira e não é como se o processo se tornasse repentinamente algo diferente do proposto. Eu acho que então as músicas naturalmente mudaram para algo completamente inesperado certo? Eu tambem penso que como nos sentimos a respeito delas é algo provavelmente diferente. É como eu me sinto sobre isso. Eu não estou esperando nem antecipando nada.

--Mas parece que o ano de 2009 vai se tornar um "Ano de Turnês". É claro, que isso não é tudo certo?

Kaoru: Quanto a isso eu não sei. De fato, ainda há muitas coisas a serem feitas. Porque enquanto realizavamos a turnê, nós tinhamos que planejar e preparar nossa "próxima coisa"...provavelmente(risos).

--Isso é algum esclarecimento sobre os problemas de outra pessoa? (risos)

Kaoru: Ainda está tudo bem? Parece que é realmente o problema de outra pessoas (risos).

--Retomando a apresentação no Osaka-jo Hall, para Kaoru-san, naquele dia,quais tipos de sentimentos você queria que os fãs levassem de volta pra casa?

Kaoru: Bem, é sempre a mesma coisa, eles ouvem o album antes de virem ao show, e seria muito bom se depois eles gostassem dele ainda mais. É o que eu penso. Eu ficaria feliz se eles experimentassem a libertação de sensações que eles tem na realidade de um show ao vivo, e o que eles sentem ao ouvirem "UROBOROS”.

-- Ao falar com os fãs, eu ouvi coisas como "estou feliz que segui eles", e "eu estou feliz que eles se tornaram esse tipo de banda".

Kaoru: Essas são palavras de felicidade. Quando o show começou e os primeiros sons de “VINUSHKA” foram tocados, eu senti "ah, todos estão mesmo esperando por esse momento". Quando eu senti, eu percebi que era um momento muito importante. Como resultado do que temos construido, essa quantidade de pessoas juntas, e ouvindo um album de novo, e sentindo-se ansiosos por ouvi-lo no show. Enquanto não é bem uma surpresa, é tambem algo muito importante.

--Esteriotipicamente, a banda e a audiência estavam ligadas por esse sentimento de confiança, mais forte que antes.

Kaoru: Sim. Bem, se você diz dessa forma, vai soar dessa forma, "já que eu adoro essa banda, e vim ao show deles, provavelmente ficarei fascinado o tempo todo"(risos).Mas eu acredito que é bom se eles se sentirem assim.

--No final do bis, teve “THE FINAL” que encerrou o show, houve alguma razão nisso?

Kaoru: Nenhuma na verdade, foi porque nós não a tocavamos há algum tempo no Japão. No primeiro bis, nós pensamos em combinar 3 músicas com aquela sensação, e eu imaginei que essa canção em particular estabeleceria o sentimento nesse momento. É bom quando podemos terminar sempre da mesma forma mas nós pensamos que diferenciando teriamos um final mais dramático. Nós mantivemos essa idéia simples. Naquele dia, para todos os que estavam no local, seria muito bom se todos lembrassem daquele show. Quando tocamos aquela música, o sentimento de gratidão é claro que foi a melhor coisa. Enquanto eu olhava para a audiência do palco, havia um sentimento de "todas essas pessoas vieram até aqui por nós"... Por isso no fim 5 pessoas fizeram aquilo, e se uniram no centro do palco...

--Foi uma cena impressionante. Aquele momento em que vocês foram agitados pelo som persistente do público. Mas tendo “THE FINAL” como ultima música do show, para as pessoas que gostam de levar tudo muito a sério, parece que vocês estavam falando em "se separar" pela N vez.(risos).

Kaoru: Hahaha! Provavelmente. Mas infelizmente, nós não seremos capazes de atender as expectativas dessas pessoas(risos). Ainda existem muitas coisas que nós precisamos fazer daqui pra frente.

Créditos: Orchestrated Chaos
Tradução: DIR EN GREY Brasil


Por Aiko

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