WeROCK Março de 2011 - Entrevista : DiexKaoru

DIR EN GREY Apresenta sua nova melodia e causa Impacto!!

No dia 26/01, o novo single "LOTUS" foi lançado depois de 14 meses do anterior

Entrevista: Jun Kawai

Desde o lançamento do single, "Hageshisa To, Kono Mune No Naka De Karamitsuita Shakunetsu No Yami" em 2009, o DIR EN GREY tem corrido atraves do mundo realizando shows. Eles completaram "LOTUS", um single, depois de 14 meses do anterior. Eu perguntei aos dois guitarristas que são a chave desse som, sobre o single que tem um novo sabor.

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—Quando vocês começaram os preparativos para a produção de "LOTUS"?

Kaoru: Por volta de janeiro de 2010. Começamos a pré-produção em fevereiro e gravamos entre abril e maio.

—Vocês gravaram outras músicas?

Kaoru: Fizemos algumas músicas durante o mesmo periodo.

—Quando vocês pensam sobre o periodo em que vocês estavam fazendo a música, ela não é alguma estratégia para o novo album, é?

Kaoru: Não. Não pensamos nessas coisas.

—Quando estavam fazendo "LOTUS", por exemplo, vocês tinham alguma imagem precisa de querer algo diferente do ultimo single, "Hageshisa To, Kono Mune No Naka De Karamitsuita Shakunetsu No Yami"?

Kaoru: Não estavamos pensando nela como single, mas como contraste ao album "UROBOROS", queriamos uma abordagem diferente.

—Quem fez a música, originalmente?

Kaoru: Die.

Die: Apenas apresentei a progressão de acorde e o Kyo pensou na melodia.

—Você criou o riff da guitarra no começo ou foi depois?

Die: Foi perto do fim.

—Como vocês dividem as partes da guitarra?

Kaoru: Quem tiver a idéia primeiro, grava na hora.

—Há tentativa e erro em como vocês adicionam os efeitos?

Die: Nós apresentamos idéias diferentes como "Nós já fizemos isso antes..." Além de ter algo que se encaixe bem, há um modo de capturar coisas de forma diferente, como "Nós nunca usamos esse tipo de efeito antes, certo?" Tentamos mudar toda vez.

—Vocês pensam nessas coisas uma vez que os vocais entram?

Die: Não, tambem fazemos isso durante meados da produção.

—Quando você ouve atentamente, há muitos sons em camadas. Por exemplo, depois do refrão, os sons se misturam de uma maneira complexa, mas você pode me dizer o que acontece ali?

Die: Nós usamos wah, tremolo, e até mesmo panning. Nós dispomos em camadas um certo numero de guitarras. Mesmo para um arpejo normal, em vez de tocar continuamente, nós gravariamos som por som e e gravariamos eles separados, e depois colocariamos todos juntos. Dependendo da situação na música, há vezes em que as coisas se encaixam melhor tendo essas nuances, então temos inumeros sons de guitarra em camadas. Você pode apenas ouvir um som simples, mas nós usamos muitas guitarras.

—Esse tipo de imagem emerge na sua cabeça?

Die: Eu tenho essa imagem, mas tambem temos idéias trabalhando com nosso engenheiro de som. Nos ultimos anos, as coisas tem sido assim.

—Quem lidera o arranjo da música?

Kaoru: Faço isso sozinho. Os arranjos da guitarra levam à música em si para se começar, então eu faço um riff e dai deixo os demais lidarem com o restante.

—Já que o vocal melodioso vai adiante, parece haver algo profundo ali.

Kaoru: A parte cantada tambem ouve o fundo musical e ai se coloca a melodia conforme ele vai percebendo as coisas, cada um de nós foca no outro enquanto criamos.

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—No fim da segunda parte do refrão, as partes que sofrem cutting* parecem se sobrepor.


Die: Na verdade, há som de três guitarras. Eu tentei não ter todas aparecendo na dianteira... Pensei nessas coisas no meio da gravação.

—Como é a afinação?

Die: Eu tenho uma guitarra de 7 cordas e a sétima corda é A e da sexta em diante são todas drop-D.

—Qual a escala para a setima corda?

Kaoru: É .068.

—.068!? Quando você ouve esse som, não soa tão grave certo?

Kaoru: Isso provavelmente porque não a mantemos folgada. Soa como se existisse tensão, certo?

—Tambem, vocês não tem o que chamam de distorção com ganho agudo, certo?

Kaoru: Não temos o som tão distorcido.


—Para a música de compilção, vocês tem "OBSCURE" regravada (original de 2003, album VULGAR), mas qual tipo de processo os conduziu a essa versão?

Die: Tocamos essa música nos shows a muito tempo, e é muito popular mesmo no exterior. Então começou quando pensamos em como essa música poderia substituir a que estavamos tocando até então.

—Qual efeito usaram no arpejo da introdução?

Die: Foi um tipo de modulação. Não me lembro qual usei, mas lembro de usar o "POG" da ElectroHarmonix durante a gravação.

—Depois da introdução iniciar com um riff pesado de guitarra, eu ouvi um som tipo whammy.

Kaoru:Não era whammy mas um tipo de modulador de efeitos.

—Depois, ouvi um som tipo um arpejo limpo, mas esse som não é o original, certo?

Kaoru: Decidimos trazer esse efeito para a atmosfera.

—Você fez isso como se fosse uma música nova?

Kaoru: Sim. Quando decidimos rearranjar essa música, decidimos descartar a antiga e pensar de outra forma. É facil mudar a duração ou estrutura completamente, mas queriamos ter a original até um certo ponto e a apresentar de outra forma.

—Tenho a impressão de você curtindo o som e tocando enquanto arranja a música.

Kaoru: É divertido quando você esta fazendo o arranjo. É diferente de uma música nova onde você tem que arrumar tudo do zero, então da para aproveitar.

—Há momentos em que você exagera?

Kaoru: Não temos isso, mas há essa sensação de todos que deveriamos ter feito mais. Há uma pessoa que quer mudar quando alguem diz "Então, por que não criamos uma música diferente?" (risos) "Então, vamos apenas fazer esse tipo de música" (risos).

—Há outras músicas que vocês querem rearranjar?

Kaoru: Há algumas que seria interessante rearranjar.

—A nova "OBSCURE" parece ter uma unificação e ir na linha de "LOTUS".

Kaoru: Acho que é porque a afinação é a mesma.

—Ela tambem usa a guitarra de 7 cordas?

Kaoru: Usa.

—Qual amplificador você usou?

Kaoru: Um Diezel amp mas passei o som por um compacto para a distorção. Uso um Emma no qual os olhos das caveiras acendem (Pisdi YAUwot).

Die: Eu uso o mesmo.

— Vocês tentam criar um som unificado para a distorção?

Kaoru: Recentemente, nós temos tocado o som do mesmo modo, mas depende da phrase.

—Se vocês fossem tocar as duas músicas ao vivo, não há novas coisas sobre as quais vocês precisam pensar?

Die: Tenho certeza que aparecerão partes diferentes.

—Então a música que gravaram e a ao vivo vão soar diferentes?

Kaoru: Correto.

Die: Para o nosso processo de pensamento, tentamos fazer o que só pode ser feito em estudio, e terá uma versão ao vivo.

—Normalmente as pessoas gravam suas idéias durante as gravações e as copiam para os shows, mas acho que vocês fazem isso diferente tambem.

Die: Não da pra tocar do jeito que é ao vivo. Mesmo para o "UROBOROS",eu gravei minha parte separadamente...

Kaoru: Mesmo quando ouvi o trabalho completo, há partes em que não sei o que eu toquei. Sei o riff principal, mas depois de tentar coisas diferentes, há um aspecto em que imagino como eu criei tais sons.

—Significa que vocês tem muitas idéias.

Kaoru: Não, todos tentam apenas comprimi-las juntas.

—Para o mixing, Jason Suecof (All That Remains, Black Dahlia Murder, etc) esteve encarregado de "LOTUS" e Tue Madsen (The Haunted, Dark Tranquility) de "OBSCURE", mas há alguma razão pela qual vocês os escolheram?

Die: Mencionamos alguns nomes, mas havia pessoas que estavam com a agenda lotada e outros não, então chamamos alguem que era capaz de se contatar.

—É diferente ter o mixing feito fora do Japão?

Die: Difere de pessoa para pessoa e tambem dependendo da música. Acredito que saberemos quem escolher daqui para frente.

—Para a outra compilção, há uma gravação ao vivo de "Reiketsu Nariseba" de julho de 2010 no Shinkiba Studio Coast inclusa. Há alguma razão para ela ter sido escolhida?

Kaoru: Não tinhamos nenhuma música ao vivo de "UROBOROS", e essa música foi tocada no climax dos shows, ai achei que as pessoas que tivessem nos visto poderiam imaginar a cena facilmente.

—Quais são as partes que se vale a pena ouvir?

Kaoru: A performance é bem mais bruta que a do album de estudio (risos). Acredito que vocês serão capazes de sentir que tocamos com prazer (risos).

Die: É uma música dificil; a cena muda e acelera. Se a casa de shows muda, a performance tambem muda, e mesmo conhecendo a música na minha cabeça, há momentos em que tenho certa dificuldade


—Alem desse single, vocês participaram do Michiro Endo's tribue album, "Romantist~The Stalin/Michiro Endo Tribute Album~", lançado em dezembro do ano passado, mas a música "Warushawa No Gensou" se encaixou perfeitamente.

Die: O arranjo foi rápido depois que pegamos a idéia.

Kaoru: Gravamos algo básico, e conforme ouvimos, cada membro colocava o que pensava. Melhor do que dizer que a original era desse jeito ou daquele, acho que podemos mostrar respeito pelo Endo-san fazendo o que devemos fazer. Recebemos essa oferta num bom momento para se gravar, e fomos capazes de ter uma dica para nossa próxima gravação.

—Qual parte exatamente?

Die: O metodo de se gravar as guitarras e até tivemos esse mix no exterior, então fomos capazes de experimentar quem seria capaz de fazer nosso próximo album.

Kaoru: Estou tocando uma guitarra de 8 cordas nessa música. A oitava corda é uma oitava abaixo de E. Já que o tom para a original era E, começamos como na original, diminuimos 4, e continuamos a baixar o tom. A escala para a oitava corda era .072.

—Há uma corda de .072 sendo vendida?

Kaoru: Vendem nos EUA. Tem até .074.

—Vocês iniciaram sua produção para o novo album agora, mas como foi 2010?

Kaoru: Fizemos shows mas não uma turnê extensiva. Fomos capazes de fazer os shows numa condição estavel onde não tinhamos laços em promover um novo trabalho, então fomos capazes de entender nossa própria atmosfera. Conforme gravamos, os shows me permitiram ver o que esta por vir para nós, e já que nossos shows recentes foram assim, tenho momentos mais faceis em saber o que fazer desse ponto em diante.

Die: Fizemos apenas alguns shows, mas foram densos. Tambem fizemos músicas entre eles, então acho que esse ano é para nosso próximo album.

—Há alguma programação concreta para daqui em diante?

Kaoru: Nada foi decidido, mas gostariamos de lançar um album no meio do ano e fazer uma turnê.

—Você vê alguma 'planta" para o novo album?

Die: Pode ser dificil se você pensar demais.

Kaoru: Gostaria que os ouvintes pensassem que há uma nova sensação.


Créditos: OC


Por Aiko

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